- Nome: Rui
Mourinho
- Idade: 47
- Entidade: Clube do Povo de Esgueira
- Função: Presidente da Direção
- O que o liga à Gestão do Desporto no seu
dia-a-dia? Quais as principais tarefas?
- Tenho várias funções como dirigente
desportivo, sou Presidente do Comité Nacional do Basquetebol Master da
FPB, Delegado na AG da FPB em representação dos Clubes do Distrito de
Aveiro, Presidente da MAG da Escola Gímnica de Aveiro e Presidente da
Direção do Clube do Povo de Esgueira. Para mim, são todos cargos de enorme
responsabilidade, sendo que a função que me exige mais tempo e de forma
regular, é claramente a que exerço no Esgueira.
Ser gestor desportivo
passa por observar, ouvir, analisar, decidir, planear e implementar. Gosto de
ter conhecimento de todos os dossiers, pelo que faço muitos contactos com a
estrutura directiva, RH do Clube, coordenadores técnicos, treinadores e
entidades públicas e privadas com quem nos relacionamos, para que possa
contribuir em consciência nas tomadas de decisão, com os recursos que temos.
- Como surgiu o interesse pelo desporto e
pela gestão do desporto?
- A paixão pela prática desportiva surgiu
na infância, jogava horas e horas nas ruas do meu bairro, futebol e
basquetebol – o cesto era numa pequena árvore, entre 3 troncos, só mais
tarde é que um vizinho adquiriu uma tabela para o filho e nunca mais teve
sossego.
- Pela gestão desportiva, aconteceu por
mero acaso, no regresso à prática do Basquetebol quando tinha 40 anos e
após quase 20 anos de inactividade. Em 2014, um grupo de amigos do Clube
dos Galitos sugeriu a minha candidatura, como representante dos Clubes de
Aveiro, à AG da FPB, onde estou desde aí como Delegado. Por essa altura
também e com um grupo de amigos, percebendo que não havia oferta da FPB
para o segmento dos Veteranos/Masters, criámos a APBM, organizámos várias
Ligas Master e conseguimos o reconhecimento da FPB, com a integração nas
provas federadas e a criação do CNBM – Comité Nacional do Basquetebol Master
– de que sou presidente desde 2016. Entretanto, no Esgueira, Clube que
representei na formação e onde estava como atleta Master, fui convidado a
ingressar na Direção, onde estou desde 2016.
- Na sua opinião, qual o principal desafio,
ou desafios, que enfrenta atualmente relacionado com a sua atividade?
- A capacitação e credibilização do
dirigente desportivo, a captação consistente de financiamento, o estado
das infraestruturas e o recrutamento de novos dirigentes com
competências, motivação e disponibilidade.
- Que fatores ou fator principal entende
que o país deveria apostar para termos um desporto mais praticado?
- Educação desportiva, no pré-escolar e
escola básica, sobre os princípios e valores que devem reger a prática
desportiva e a vivência enquanto adepto.
- Investimento público sério e a sério, políticas
desportivas consistentes e com linha de rumo.
- No caminho da profissionalização dos
agentes desportivos, começando pelos treinadores de iniciação e formação.
- Quais as competências que considera serem
essenciais para o Gestor de Desporto?
- Capacidade de análise e planeamento,
liderança e gestão de grupos de pessoas.
- Como acha que a APOGESD pode ser mais
importante para a sua atividade? Uma sugestão para a APOGESD?
- Criando e ajudando a desenvolver mais cursos
avançados de formação, para actuais dirigentes, nomeadamente os mais
velhos, que exercem cargos de grande responsabilidade, mas que pela idade
e ocupação profissional e familiar, não vão frequentar os cursos hoje
disponíveis de gestão desportiva na Universidade.
- Um livro: Cosmos, de Carl
Sagan
- Um filme: A Lista de Schindler, do Spielberg
- Uma música: Purple Rain, do Prince, versão longa e ao vivo
- Um Lugar: Caneiro da Moenda, Coja
- Um passatempo: Ouvir música, alto, bem alto.
- Uma personalidade: Duas, os meus pais – ninguém me
influenciou mais do que eles
- Um momento: 1 de Abril de 2008, aos 35 anos - mudei de
hábitos e a minha vida.
- Um desporto: Basquetebol
- Um evento desportivo: Jogos Olímpicos
- Uma desportista e um desportista:
- A minha filha, atleta de Ginástica
Rítmica da EGA, pelo respeito que sempre teve por todos os agentes
desportivos, pela perseverança, resiliência, por treinar com a mesma
intensidade e compromisso 15/20 horas por semana, há mais de 10 anos, conciliando
sempre com a vida social e os estudos, onde beneficiou e muito, desse elevado
envolvimento e paixão por um desporto.
- Michael Jordan, porque atingiu indicadores de
desempenho que ainda hoje perduram, pela perfeição técnica e pelo impacto
sem paralelo no jogo e na modalidade.