1. Nome: Rui Mourinho
  2. Idade: 47
  3. Entidade: Clube do Povo de Esgueira
  4. Função: Presidente da Direção
  5. O que o liga à Gestão do Desporto no seu dia-a-dia? Quais as principais tarefas?
    1. Tenho várias funções como dirigente desportivo, sou Presidente do Comité Nacional do Basquetebol Master da FPB, Delegado na AG da FPB em representação dos Clubes do Distrito de Aveiro, Presidente da MAG da Escola Gímnica de Aveiro e Presidente da Direção do Clube do Povo de Esgueira. Para mim, são todos cargos de enorme responsabilidade, sendo que a função que me exige mais tempo e de forma regular, é claramente a que exerço no Esgueira.

Ser gestor desportivo passa por observar, ouvir, analisar, decidir, planear e implementar. Gosto de ter conhecimento de todos os dossiers, pelo que faço muitos contactos com a estrutura directiva, RH do Clube, coordenadores técnicos, treinadores e entidades públicas e privadas com quem nos relacionamos, para que possa contribuir em consciência nas tomadas de decisão, com os recursos que temos.

 

  1. Como surgiu o interesse pelo desporto e pela gestão do desporto?
    1. A paixão pela prática desportiva surgiu na infância, jogava horas e horas nas ruas do meu bairro, futebol e basquetebol – o cesto era numa pequena árvore, entre 3 troncos, só mais tarde é que um vizinho adquiriu uma tabela para o filho e nunca mais teve sossego.
    2. Pela gestão desportiva, aconteceu por mero acaso, no regresso à prática do Basquetebol quando tinha 40 anos e após quase 20 anos de inactividade. Em 2014, um grupo de amigos do Clube dos Galitos sugeriu a minha candidatura, como representante dos Clubes de Aveiro, à AG da FPB, onde estou desde aí como Delegado. Por essa altura também e com um grupo de amigos, percebendo que não havia oferta da FPB para o segmento dos Veteranos/Masters, criámos a APBM, organizámos várias Ligas Master e conseguimos o reconhecimento da FPB, com a integração nas provas federadas e a criação do CNBM – Comité Nacional do Basquetebol Master – de que sou presidente desde 2016. Entretanto, no Esgueira, Clube que representei na formação e onde estava como atleta Master, fui convidado a ingressar na Direção, onde estou desde 2016.

 

 

  1. Na sua opinião, qual o principal desafio, ou desafios, que enfrenta atualmente relacionado com a sua atividade?
    1. A capacitação e credibilização do dirigente desportivo, a captação consistente de financiamento, o estado das infraestruturas e o recrutamento de novos dirigentes com competências, motivação e disponibilidade.

 

  1. Que fatores ou fator principal entende que o país deveria apostar para termos um desporto mais praticado?
    1. Educação desportiva, no pré-escolar e escola básica, sobre os princípios e valores que devem reger a prática desportiva e a vivência enquanto adepto.
    2. Investimento público sério e a sério, políticas desportivas consistentes e com linha de rumo.
    3. No caminho da profissionalização dos agentes desportivos, começando pelos treinadores de iniciação e formação.

 

  1. Quais as competências que considera serem essenciais para o Gestor de Desporto?
    1. Capacidade de análise e planeamento, liderança e gestão de grupos de pessoas.

 

  1. Como acha que a APOGESD pode ser mais importante para a sua atividade? Uma sugestão para a APOGESD?
    1. Criando e ajudando a desenvolver mais cursos avançados de formação, para actuais dirigentes, nomeadamente os mais velhos, que exercem cargos de grande responsabilidade, mas que pela idade e ocupação profissional e familiar, não vão frequentar os cursos hoje disponíveis de gestão desportiva na Universidade
  2. Um livro: Cosmos, de Carl Sagan
  3. Um filme: A Lista de Schindler, do Spielberg
  4. Uma música: Purple Rain, do Prince, versão longa e ao vivo
  5. Um Lugar: Caneiro da Moenda, Coja
  6. Um passatempo: Ouvir música, alto, bem alto.
  7. Uma personalidade: Duas, os meus pais – ninguém me influenciou mais do que eles
  8. Um momento: 1 de Abril de 2008, aos 35 anos - mudei de hábitos e a minha vida.
  9. Um desporto: Basquetebol
  10. Um evento desportivo: Jogos Olímpicos
  11. Uma desportista e um desportista:

    1. A minha filha, atleta de Ginástica Rítmica da EGA, pelo respeito que sempre teve por todos os agentes desportivos, pela perseverança, resiliência, por treinar com a mesma intensidade e compromisso 15/20 horas por semana, há mais de 10 anos, conciliando sempre com a vida social e os estudos, onde beneficiou e muito, desse elevado envolvimento e paixão por um desporto.
    2. Michael Jordan, porque atingiu indicadores de desempenho que ainda hoje perduram, pela perfeição técnica e pelo impacto sem paralelo no jogo e na modalidade.